O que fazer quando não se sabe o que fazer
O rei Josafá está encurralado por adversários medonhos e
insolentes. Uma grande multidão, fortemente armada estava pronta para atacar
Jerusalém. Não dava tempo para reagir nem Josafá tinha recursos para resistir àquele
aparato militar que pretendia varrer Jerusalém do mapa. Ao saber da tragédia,
humanamente irremediável, Josafá teve medo e pôs-se a buscar o Senhor,
convocando a nação para orar e jejuar. Em sua oração, o rei disse: "Ah!
Nosso Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em
nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e
não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti"
(2Cr 20.12). Diante da situação tão desesperadora, Josafá admite sua
incapacidade; reconhece que não sabe o que fazer, mas põe os seus olhos em Deus. Desse episódio
podemos tirar muitas lições:
Quando você não souber o que fazer, busque a Deus em
oração (2Cr 20.3) - Há momentos em que os
problemas vêm sobre nós como uma torrente caudalosa, como uma avalanche
avassaladora, como um terremoto assustador. Nessas horas, nossos recursos são
absolutamente insuficientes para enfrentarmos a situação e nada podemos fazer
senão recorrermos ao Deus do céu, e clamar por sua ajuda e socorro. A oração e
o jejum são recursos sobrenaturais, são armas espirituais à disposição do povo
de Deus. Quando agimos por nossa própria destreza e fiados em nossos próprios
recursos, ficamos sujeitos a derrotas acachapantes. Mas, quando buscamos a Deus
em oração e nos humilhamos sob sua onipotente mão, então, seu braço onipotente
sai em nossa defesa e nos concede vitória.
Quando você não souber o que fazer, confie nas promessas
de Deus (2Cr 20.4-12) – Não basta orar, precisamos orar como convém.
Não basta pedir, precisamos conhecer aquele a quem pedimos. Josafá reconhece
que Deus é o soberano Senhor nos céus e domina sobre todos os reinos da terra.
Ele ora consciente de que nas mãos de Deus estão toda força e poder e não há
quem lhe possa resistir. Quando compreendemos a grandeza de Deus, nossos
grandes problemas se apequenam. Mas, Josafá deu um passo além em sua oração:
ele fulcrou sua súplica nas promessas de Deus. Ao mesmo tempo em que buscou a
Deus em oração, abriu as Escrituras para orar e fundamentar sua petição no
alicerce firme das promessas de Deus. Oramos com eficácia quando ancoramos
nossas petições nas promessas daquele que tem zelo pela sua Palavra e
fidelidade em cumpri-la.
Quando você não souber o que fazer, ouça e obedeça a
Palavra de Deus (2Cr 20.13-19) - Quando todos os homens, mulheres e crianças se
reuniram para falar com Deus em oração, Deus se manifestou e falou com eles,
trazendo-lhes sua Palavra. Por intermédio da oração falamos com Deus; por meio
da Palavra Deus fala conosco. A Palavra divina que veio ao povo encorajou-o a
não olhar para as circunstâncias e não temer as ameaças do inimigo. Deus lhes
acalmou o coração dizendo que pelejaria por eles e lhes daria a vitória. A
Palavra gerou fé no coração deles e tirou seus olhos do problema para
colocá-los no Deus que está acima e no controle da situação.
Quando você não souber o que fazer, louve a Deus com
confiança (2Cr 20.20-30) – Quando o povo ouviu a voz de Deus, o medo foi
substituído pelo louvor. Eles enfrentaram os exércitos inimigos não com armas
carnais, mas com louvor. Eles não louvaram depois que o inimigo foi derrotado;
louvaram para derrotar o inimigo. O louvor não é apenas conseqüência da
vitória, mas é a causa da vitória. "Tendo eles começado a cantar e a dar
louvores, pôs o Senhor emboscada contra os filhos de Amom e de Moabe e os do
monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados" (2Cr 20.22). O
louvor é o brado de triunfo dos filhos de Deus no campo de batalha. Quando os
problemas parecerem insolúveis, faça o que fez Josafá: ore,obedeça, e
louve ao Senhor, e o inimigo será desbaratado.
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